Novos hábitos inspiram e influenciam os caminhos da arquitetura

Morar em condomínios é uma tendência que se intensifica desde os anos 2000 em todo o Brasil. Na Baixada Cuiabana não é diferente. E em época de confinamento, especialistas já apontam mais mudanças no comportamento e na arquitetura pós-pandemia. A arquiteta Bianca Parra observa que as pessoas que puderam fazer o isolamento social perceberam que era preciso repensar os espaços onde vivem e planejar como melhor aproveitá-los. “Muitos profissionais tiveram que trabalhar de casa, outros se transformaram em multitarefas, cozinhando mais e ficando mais atentos às características de sua casa, buscando maneiras de torná-la mais aconchegante”, pontuou ela.

 

 

Segundo o arquiteto Ben Hur El Hage, a casa se tornou a protagonista para o bem-estar das famílias. Ele aponta que a procura por varandas, cozinhas gourmet integradas às salas demonstra a necessidade de convívio mais intimista entre os amigos e familiares. “O receio de aglomeração modificou a maneira como as pessoas se divertem, o que fará as reuniões familiares e de amigos em casa, mais reservadas, aumentar”, adianta Ben Hur.

Nesta vertente de agregar lazer a moradia e espaços mais intimistas com casas mais enxutas, novos condomínios vêm apostando em terrenos individuais mais compactos, oferecendo diversas possibilidades de aproveitamento de áreas comuns. “Com um espaço amplo de lazer, área verde, que os condomínios possuem, existe uma demanda de famílias procurando por lotes mais compactos a fim de construir uma casa com ambientes otimizados e planejados tendo como foco a praticidade”, comenta Anderson Richard, da Ginco Urbanismo.

Ele acrescenta que no ano passado dois novos condomínios Florais, Safira e Esmeralda, foram lançados com esse propósito. “Lotes a partir de 200 de m2 estão atendendo uma grande demanda de pessoas que prezam por conforto e otimização de espaços. Os espaços em comum para coworking, horta, pomar compartilhados, energia solar também na área comum são os diversos elementos que impactam em qualidade de vida. Como o cliente paga o condomínio relativo ao tamanho de seu lote, otimiza investimento e tem uma estrutura completa de lazer sem necessidade de ter em sua casa todos esses atrativos”.

Anderson comenta que novos lançamentos para os próximos meses seguem o mesmo conceito, com terrenos a partir de 180 m2, em regiões em plena valorização crescente, com destaque para a urbanização do entorno: “Os hábitos das famílias estão se modificando e estamos acompanhando esse movimento. Por outro lado, o Banco Central (BC) diminuiu, pela oitava vez consecutiva, os juros básicos da economia, em que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic para 2,25% ao ano, com corte de 0,75 ponto percentual. Um momento atrativo para buscar financiamento imobiliário, adquirir ou quitar seu terreno e construir”, avalia.

Vale destacar que os novos condomínios residenciais estão sendo lançados em paralelo aos condomínios corporativos, alcançando a demanda de se trabalhar e morar numa mesma região. Pesquisas apontam uma série de vantagens em morar mais próximo do trabalho, como passar menos tempo no trânsito, menos despesa com combustível. Para o servidor público estadual Sérgio Sales, a praticidade de locomoção entre casa e trabalho, além da localização estratégica, foi fator determinante na escolha da próxima moradia. Outro ponto importante, frisa ele, é o tempo para a entrega do condomínio oportunizando a programação para construção. “Eu e a minha esposa Mariana temos uma filha e a área de lazer de um condomínio somada a área verde foram essenciais na escolha do Florais Safira para nossa próxima residência”, finalizou Sérgio.

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