Ter um quintal em casa passou a ser desejo de muitas famílias. Com a pandemia, a vontade de morar em casa impactou sensivelmente o mercado de imóveis, tanto para compra de terreno e construção, como para aluguel. O covid-19 deu novo significado para a palavra “morar”. “Quero uma casa com quintal, com espaço suficiente para meu gato, minha família e receber meus amigos”, disse a estudante universitária Maria Eduarda Freire, 20 anos.
Por causa da pandemia, ela, a mãe, o irmão de 6 anos e o gato passaram muito tempo em casa. “Descobrimos que moramos em um apartamento muito pequeno”, disse ela referindo-se ao imóvel de 100 metros quadrados. Diante da escolha entre comprar uma casa pronta ou construir uma casa do zero, ela optou por construir.
A decisão reflete os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de agosto/2020 que confirmam que a construção civil gerou mais de 50 mil vagas formais de trabalho em agosto. O melhor desempenho do setor, com 149.706 admissões em agosto, segundo divulgação da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia. Desde junho, a construção vem registrando resultados positivos em seu mercado de trabalho formal.
Segundo o Presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso – Secovi MT, Marco Pessoz, o fato das pessoas ficarem reclusas gerou uma situação de desconforto, em que muitas estão buscando novas soluções para suas vidas através de casas, onde se possa ter segurança, quintal, liberdade de circular dentro do condomínio para fazer uma caminhada e até mesmo uma área de lazer privada para curtir com a família. “Além disso, a situação macroeconômica, com taxa de juros baixa como nunca antes, estimulou o financiamento para construção da casa própria”, pontua.
Algumas das vantagens de construir uma casa é que o imóvel será projetado de acordo com as necessidades da família. Porém existe algo essencial nesta decisão: planejamento. A arquiteta Luanna Coimbra comenta que com planejamento bem feito, os custos são otimizados e esperados, sem sustos.
Com planejamento bem feito, os custos são otimizados e esperados, sem sustos
Ela explica que o planejamento começa desde a escolha do terreno, que deve se adequar ao projeto dos sonhos. “Se a pessoa sonha com uma casa cheia de degraus, um terreno com aclive facilita, já uma casa térrea, um terreno plano é essencial, evitando custos com aterro”, orienta.
Segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), medido pelo IBGE e pela Caixa Econômica Federal, o custo médio nacional da construção civil em agosto deste ano alcançou o valor de R$ 1.184,63 por m². O resultado leva em consideração os custos dos materiais e da mão de obra. Pessoz reforça que construir é mais barato, alcançando uma diferença de 40% a 50% do produto já construído. “Construir tem a vantagem do preço, especialmente com um bom planejamento, já outros preferem a compra da casa pronta, algo muito particular de cada um. O mercado oferece muitas oportunidades”, acrescenta o presidente do Secovi-MT.
Pensando na potencialidade do planejamento, a Ginco Urbanismo lançou o projeto Planeje Viver Bem, em que orienta os consumidores sobre os elementos essenciais de um boa organização, com disponibilização de projetos arquitetônicos de diversos arquitetos em um site desenvolvido especialmente para inspirar. “A partir dos projetos, os clientes podem ter mais clareza quanto ao custo de uma obra, conseguem visualizar suas preferências, aproximando profissionais da construção civil dos consumidores”, comenta o presidente da Ginco Urbanismo, Julio Braz. Vale destacar que a campanha está aberta à aderência dos arquitetos.
Campanha Planeje Viver Bem está aberta à adesão dos arquitetos
O auditor Rodrigo Sávio comenta que hoje tem a casa dos seus sonhos em condomínio porque seguiu criteriosamente um planejamento, adquirindo o terreno em 2014, iniciando as obras em 2017. “Expliquei ao arquiteto os detalhes que minha família desejava e também os recursos disponíveis para investir na construção”.
“Seguimos criteriosamente um planejamento, iniciando as obras em 2017”, contou Rodrigo Sávio
Em seguida, o arquiteto ou engenheiro elaboram um cronograma da obra, com os serviços, prazos e gastos com material e mão de obra. Este passo pode evitar gastos desnecessários e também atrasos.
Existem linhas de financiamento para quem tem um terreno próprio e deseja construir uma casa. “A casa construída em condomínio tem uma valorização imediata do que foi investido, vale a pena planejar e acompanhar a realização do sonho. Importante destacar que uma obra leva cerca de um ano para ficar pronta, então quando se adquire um lote em lançamento, você consegue quitar o terreno, fazer o projeto, se organizar financeiramente e quando o condomínio é entregue, sua obra começa a ser edificada, seguindo um cronograma com responsabilidade e satisfação”, finaliza a arquiteta Luanna.
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